Na frente somos poucos e delicados, mas por trás há gente numerosa e raivosa preparando a revuloção |
Desde que Milton Santos me segredou, eu acreditei: A revolução virá de baixo. Da periferia para o centro. Do interior para a capital. Das margens para o leito.
E eis que deliciosamente não apenas vejo, presencio, testemunho, como faço parte dela, sou cúmplice e integro, orgulhosamente, a gang daqueles que praticam atos heroicos de transformação.
Produzindo, planejando, executando e avaliando a revolução. |
A revolução caminha a passos largos e delicados |
Essa revolução é estética. É cênica.
Ela acontece nos palcos.
Nas salas de aula.
Nas residências improvisadas pelos estudantes desamparados.
Nas avenidas e praças.
Nas cantinas.
Nos becos.
Nos pátios.
Na solidão do quarto de quem não dorme, preparando o figurino, a fala e alma para amanhã.
Prepara-se a escalada |
Essa revolução é solar.
Acontece no calor de 40° de uma cidade que quer fumaça.
Uma cidade onde os estudantes pegam fogo.
Onde os professores-artistas-orientadores-amigos ateiam fogo!
Onde o sol se põe nos morros e Amsterdã inteira assiste e aplaude.
Neste lugar do mundo, neste interior de terras misteriosas, todo semestre a população se desloca, atenciosa e curiosamente para o templo da revolução.
Parceiros da revolução |
Lá, assistem sempre com sorriso nos lábios e uma evidente alegria na alma ao brilho de dezenas de desconhecidos, que generosamente se expõem a toda sorte de destino, sobre um palco-portal onde se transportam todos: atores e espectadores, para um mundo de magia.
E quando voltam, não são e jamais serão os mesmo.
Há algo de lindo no Reino de Jequié, querido Hamlet. Venha ver. Venha ver.
E te digo uma vez mais: repara, que a revolução já é vem!!! |
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